
O
DESCONHECIDO
O desconhecido causa medo e paralisia.
Dança da Empatia.
No palco da vida, dançamos nossas jornadas individuais, cada um de nós carregando nossos próprios sonhos, esperanças e medos em nossos corações. Às vezes, esquecemos que todos ao nosso redor estão dançando suas próprias danças, com medo de errar os passos, enfrentando seus próprios desafios invisíveis.
A dança da vida é complexa, e cada passo que damos é único. Nossos caminhos podem se cruzar por um breve momento, ficando registradas coisas que não entendemos por que aconteceu, ou entrelaçar-se por toda uma vida, criando vínculos que ultrapassam o tempo, perpetuando e eternizando nos laços da afinidade.
Mas, em nosso mundo acelerado e muitas vezes egoísta, quantas vezes paramos para verdadeiramente nos conectar com aqueles que encontramos em nosso caminho? No maior tempo, estamos sempre observando e sentindo as energias opostas que nos repele, acreditando que essa tal energia é do outro, quando em maior proporção essa é a nossa energia tentando nos conectar ao nosso próprio consciente.
A empatia é a chave que abre as portas do entendimento mútuo, ela nos permite sentir o que o outro sente, caminhar um pouco em seus sapatos desgastados e até mesmo apertados pela estrada da vida, nos faz entender a dificuldade da jornada do outro. “É um ato simples, mas poderoso!” Que pode transformar o curso das nossas interações e, por sua vez, mudar o destino da nossa vida em meio às diversidades.
Quando praticamos a empatia, transcendemos nossas diferenças superficiais e mergulhamos na essência compartilhada da humanidade, enxergamos além das aparências e das opiniões divergentes, buscando compreender a luta, a tristeza e a alegria que todos nós enfrentamos.

A empatia nos lembra que temos nossos próprios fardos e triunfos, em um mundo onde a divisão e o julgamento são muitas vezes a norma do convívio, “a empatia é a luz da esperança”, ela nos lembra de que, apesar de nossas diferenças, todos fazemos parte da mesma dança cósmica da vida e, ao dançar com empatia, aprendemos a harmonizar nossos passos com os outros, criando uma sinfonia de compreensão e aceitação.
Mas a empatia não é apenas um ato de benevolência para com os outros, é também um presente que damos a nós mesmos. Quando nos permitirmos, sentir a dor ou a alegria do outro, enriquecemos nossas próprias almas, ganhando mais sabedoria e aprimorando cada vez mais a nossa vida. Encontramos um propósito maior e uma conexão mais profunda com o mundo ao nosso redor.
O desconhecido

Por um longo tempo, eu vivi em um lugar sombrio, onde a desconfiança, a falta de crença e o medo do desconhecido me consumiam. Eu não conseguia ser feliz de verdade, mas tinha a ilusão da alegria, do amor e da empatia, sem entender o verdadeiro significado desses sentimentos. Depois de passar por muito sofrimento, dor e perdas, principalmente em relacionamentos e coisas materiais, tomei a decisão de me abrir para o desconhecido.
Eu vivia numa angústia constante há muitos anos, sentia-me incapaz de encontrar paz interior, por mais que tentasse. Minha alma estava agitada e inquieta, até o dia em que encontrei meu guardião. Ele me levou a explorar os labirintos que existem dentro de mim. Sobre a orientação desse guardião, comecei a mergulhar mais profundamente em mim mesmo. Nos labirintos que ele me conduzia, descobri caminhos que nunca tinha explorado antes. Foi um processo desafiador, às vezes até assustador, mas também libertador.
Embora o caminho tenha sido difícil e cheio de desafios, a busca pelo desconhecido me revelou o passo mais importante que já dei em toda minha vida. Aprendi a abraçar a incerteza, a confiar em minha intuição e valorizar cada momento da minha existência. Hoje, posso dizer que encontrei uma verdadeira felicidade e realização, tudo graças à coragem de me entregar ao desconhecido.
Da descrença a iluminação
Houve um tempo na minha vida em que a sombra da descrença pairava como uma nuvem densa sobre minha alma, anos de dedicação ao plano espiritual passaram sem que eu tivesse a compreensão de seus mistérios ou fundamentos, sem uma visão clara do divino, nem entendimento das atividades espirituais, sentindo um enorme vazio interior por não ter uma visualidade transcendental, como eu era um médium não audiente, não vidente, não curador, e até mesmo não sensitivo, a dúvida e a frustração se tornaram minhas companheiras constantes, eu sempre questionava meu sentir e meu ouvir, tudo o que me envolvia era para mim, uma fraude, uma ilusão, ou até mesmo mentiras que brotavam de minha própria alma.
As noites se tornaram momentos de reflexão profunda, de incerteza e busca incessante por respostas. Passei inúmeras horas examinando minha própria jornada espiritual, tentando compreender por que me sentia desconectado daquilo que buscava com tanto fervor. A escuridão da incerteza me envolvia como um manto pesado, fui tentado a abandonar minha busca, a jogar a toalha e acreditar que a espiritualidade era uma estrada sem fim, e que não me levaria a lugar nenhum.
Em todos os desenvolvimento espiritual, eu voltava para casa angustiado, desanimado acreditando que estava perdendo meu tempo, mais no fundo do meu ser, algo persistia, era uma centelha frágil de esperança, uma voz interior que me sussurrava que o caminho espiritual era mais profunda do que qualquer experiência sensorial ou habilidade mediúnica, foi então, que em um momento de quietude e autorreflexão, quando as tormentas internas cederam espaço à tranquilidade que uma revelação divina, como um raio de luz, iluminou minha mente atribulada, percebi que, embora não tivesse a vidência, a visualidade ou a sensibilidade que desejava, eu tinha algo igualmente precioso, a capacidade de questionar, de buscar, de duvidar e de, finalmente, encontrar meu próprio caminho espiritual.
Compreendi que a busca espiritual não é uma estrada única, mas sim um labirinto intrínseco de possibilidades, onde cada passo adquire uma nova experiência, seja ela na fé profunda da crença ou na sombra da descrença, é como um tijolo cuidadosamente colocado, que vamos contribuindo para a construção do nosso entendimento do divino, assim, como um sussurro suave e persistente que atravessa o silêncio da noite, comecei a ouvir vozes, vozes que não eram audíveis aos ouvidos.

Mas ressoava no âmago da minha alma, chamando-me de forma inconfundível.
Eram vozes que sussurravam segredos antigos, mistérios profundos, e um convite para explorar os recantos ocultos da minha própria espiritualidade. Um chamado que não pude ignorar era a chamada do meu próprio coração, eu sabia que precisava me aprofundar, saber distinguir sentimentos entre a verdade e a ilusão de conexão com o divino, uma força que habitava dentro de mim.
A espiritualidade não é definida por habilidades ou dons mediúnicos, mas pela sinceridade do coração e pela busca incansável pela verdade. A descrença que uma vez me aprisionou se transformou em um ponto de partida, ela me impulsionou a questionar, a explorar, a buscar um entendimento mais profundo e, ao longo dessa jornada, descobrir que a verdadeira espiritualidade não está necessariamente nas visões espetaculares ou nas experiências extraordinárias, mas na simplicidade do amor, da compaixão e da busca pela elevação espiritual.
Hoje olho para trás com gratidão por cada momento de dúvida e descrença, eles foram os degraus que me levaram a uma compreensão mais profunda de mim mesmo e do divino. Eles me ensinaram que a fé não precisa ser baseada em evidências visíveis, mas pode florescer no solo fértil da busca sincera do próprio Eu. Por tanto, continue a buscar incansavelmente se isso for da tua vontade, tenha dentro de si que alcançará o entendimento da busca incessante que percorre.

Geração Século XXI
Em um mundo cada vez mais conectado digitalmente, vocês brilham como verdadeiros virtuosos. do digital, dominam as redes sociais, navegam pelos vastos oceanos de informação da internet e usam a tecnologia para criar, compartilhar e conectar como ninguém mais antes possa ter feito!
Mas, neste universo virtual, onde a informação flui à velocidade da luz, é fácil esquecer o que acontece no mundo real. Vocês são uma geração incrivelmente talentosa e inteligente, capaz de resolver problemas complexos com um simples toque na tela. Vocês sabem o que está acontecendo do outro lado do mundo antes mesmo que o sol se ponha, mas às vezes, a distância entre as pessoas ao seu lado está crescendo, e sem que perceba.
Vocês têm o poder de influenciar, de causar impacto e de fazer a diferença, mas muitas vezes hesitam em sair da zona de conforto virtual para enfrentar os desafios do mundo real. A empatia, o diálogo e a compreensão mútua são cruciais para uma sociedade saudável, podem parecer negligenciados em favor das curtidas e dos retweets. No entanto, há esperança, nós vemos os lampejos de solidariedade, no ativismo que emerge das telas e a vontade de transformar o mundo para melhor, afinal, a mesma tecnologia que nos distancia também pode nos aproximar quando usada com sabedoria.
É hora de equilibrar essa incrível competência digital com uma consciência social mais aguçada, vamos usar essa capacidade de conectar para construir pontes entre as pessoas e não apenas entre os dispositivos, vamos lembrar que, no final das contas, somos todos seres humanos compartilhando um mundo que precisa de nossa atenção, compaixão e ação.
Que essa geração tão atualizada no mundo virtual se torne igualmente atualizada socialmente. O mundo está esperando por suas contribuições, por sua compreensão e pelo impacto positivo que vocês são capazes de criar. Vocês podem não ter a mesma conexão com seus ancestrais como nossos corações desejariam, vocês crescem aprendendo e se atualizando no mundo digital, talvez não tenham a oportunidade de se conectar com seus avós, tios-avôs ou algum ancião que possa transmitir, com sensibilidade e profundidade, a verdadeira essência da convivência com a vida no passado.
Nossos avós, com suas histórias, lições de vida e experiências estendidas, são verdadeiros tesouros de sabedoria que, muitas vezes, ficam esquecidos em meio ao frenesi do mundo digital. Eles não só testemunharam as mudanças que desafiam a imaginação, mas foram responsáveis e enfrentaram desafios que moldaram o curso da história, e através deles podemos encontrar uma conexão com raízes profundas que nos lembram de quem somos e de onde viemos.
A tecnologia pode nos conectar com o mundo todo, mas não podemos esquecer de nos conectar com nosso próprio passado. Às vezes, a verdadeira sabedoria não está nas telas brilhantes, mas nas histórias contadas à luz de velas, nos conselhos sussurrados no ouvido e nas risadas compartilhadas em um banco de jardim. Portanto, dedico este trabalho a vocês, jovens que estão sempre em busca de novos horizontes digitais, mas também os convido a olhar para trás, para as histórias e as vidas que moldaram o mundo que vocês herdam.
Ouçam com atenção as narrativas dos mais velhos, aprendam com suas experiências e, assim, encontrarão uma riqueza de conhecimento que não pode ser encontrada em nenhum livro ou tela.
