
TERAPIA DA CURA INTERIOR
Traumas não resolvidos e seus impactos.
Ansiedade e depressão são dois problemas de sintomas emocionais que afetam muitas pessoas na atualidade e podem ter um impacto significativo na sua vida. Esses sintomas têm se tornado mais frequentes em muitas partes do mundo, essa tendência tem sido observada em diversas pesquisas e estudos epidemiológicos. Existem várias razões que podem explicar esse aumento.
A ansiedade é uma resposta natural do corpo ao estresse, mas quando se torna crônica e excessiva, pode se transformar em transtorno de ansiedade. A ansiedade generalizada, por exemplo, é caracterizada por preocupações constantes desproporcionais em relação às situações do dia a dia. Isso pode levar a sintomas como tensão muscular, inquietação, fadiga e problemas de sono. Muitas vezes, a ansiedade interfere nas atividades diárias e nas relações pessoais.
A depressão, por outro lado, é um transtorno do humor que causa uma tristeza profunda e persistente, bem como a perda de interesse em atividades que costumavam ser prazerosas. Os sintomas incluem sentimentos de desespero, baixa energia, alterações no sono e no apetite, dificuldade de concentração e até pensamentos suicidas. A depressão pode ser debilitante e afetar a qualidade de vida de uma pessoa.
Muitas vezes, os traumas do passado nos mantêm presos em ciclos de dor, o passado é uma parte intrínseca da nossa existência e compreendê-lo é o primeiro passo para a cura interior. Quando os traumas, as decepções e as experiências dolorosas do passado não são adequadamente processados, eles podem causar um impacto profundo em nossa saúde emocional, moldando a forma como encaramos o mundo, os relacionamentos, o profissional e a nós mesmos.
Identificar os traumas não resolvidos e conhecer seus impactos cria um campo de força sustentável e inabalável na compreensão. Saber identificá-los é o primeiro passo para iniciar o processo de autoajuda emocional. É preciso entender que mesmo aqueles que estão aparentemente “esquecidos” deixam marcas profundas em nossas emoções, comportamentos e relacionamentos.
Ao passar a conhecer os traumas que afetam nossa saúde emocional, nos impedindo de ter uma vida familiar e profissional saudável, nos capacita a moldar nosso presente mediante aos desafios, tornando-se autoconfiante. Compreender seus efeitos transforma situações negativas em positivas e gera uma resiliência confiante, isso exige autoconhecimento, paciência e ferramentas adequadas para tais fins.

Sinais emocionais.
Os traumas frequentemente se manifestam através de emoções persistentes que parecem desproporcionais às situações atuais. Observe emoções como medo, tristeza ou raiva que surgem sem causa aparente.
Os comportamentos repetitivos, como evitar uma intimidade, procrastinar ou buscar validação constante, são padrões de defesa aprendidos no passado que frequentemente afetam nossos relacionamentos e dificultam a confiança, arrastando conflitos familiares constantes ou fazendo com que a pessoa se isole.
O medo constante é um trauma que pode gerar ansiedade crônica irracional, por medo da rejeição ou de situações que lembram eventos traumáticos.
Tristeza ou apatia são sentimentos de vazio ou melancolia persistente que podem estar ligados a experiências passadas, interrompendo a capacidade de experimentar prazer ou esperança.
Explosões de raiva em situações simples podem ser reações inconscientes de defesa contra sentimentos de impotência vividos no passado. Ansiedade, insônia, dores crônicas e até doenças psicossomáticas podem ser manifestações físicas de traumas emocionais.
Algumas pessoas lidam com traumas evitando sentir qualquer emoção, o que pode levar a uma sensação de estar no piloto automático. Uma pessoa que viveu rejeição constante na infância pode reagir com medo ou raiva intensa ao receber críticas construtivas no trabalho.
Sinais comportamentais.
Os traumas moldam a maneira como nos relacionamos com os outros, muitas vezes criando barreiras que dificultam a construção de conexões saudáveis. Os comportamentos são formas de autoproteção e esses padrões, embora inicialmente úteis, podem se tornar barreiras para a vida cotidiana. Os traumas ligados a abandono, bullying ou abuso frequentemente levam ao distanciamento emocional como mecanismo de defesa.
O medo de falhar pode estar enraizado nas experiências traumáticas de críticas severas ou punições no passado. Experiências de traição, desrespeito ou abuso podem levar à suspeita excessiva e ao isolamento emocional.
O trauma pode fazer com que alguém interprete comportamentos neutros como ameaças, gerando desentendimentos. A vergonha ou o medo de se abrir podem levar à desconexão, prejudicando amizades e relações familiares. Uma pessoa que sofreu abandono na infância pode evitar se comprometer emocionalmente, mesmo em relacionamentos seguros.
Sentir-se invisível ou inadequado, em algum momento, pode criar uma necessidade constante de aprovação externa. Escolher persistir inconscientemente em situações de sentimentos negativos (como relacionamentos tóxicos) pode ser um reflexo de traumas não resolvidos.
Alguém que cresceu em um ambiente de críticas constantes pode evitar projetos importantes por medo de não atender às expectativas.


Relações interpessoais.
Traumas não resolvidos criam ciclos de autossabotagem e baixa autoestima, dificultando o equilíbrio emocional, criam comportamentos defensivos, como rejeição ou agressividade, gerando mal-entendidos. No profissional, o trauma pode limitar o desempenho devido ao medo de errar, dificuldades em aceitar críticas ou falta de confiança para assumir responsabilidades.
Reconheça o trauma como parte da sua história, mas não como algo que define quem você é. Trabalhar o perdão (a si e aos outros) alivia o peso emocional.
A neuroplasticidade constrói novos padrões de pensamentos e comportamento. Isso é feito por meio de afirmações positivas, exercícios de mindfulness "atenção plena" e terapia cognitivo-comportamental.
Ao desafiar as crenças limitantes, substitua pensamentos como "eu não sou capaz" por "estou aprendendo e evoluindo".
Criar uma rotina de autocuidado, como sono de qualidade e hobbies que tragam alegria, fortalece sua capacidade de lidar com os desafios. Resiliência não é evitar falhas, mas aprender com elas. Enfrente adversidades com curiosidade e determinação, reflita e pergunte a si mesmo: o que posso tirar de positivo disso?
Impacto na saúde.
A mente e o corpo estão profundamente conectados, os traumas emocionais frequentemente se manifestam como problemas físicos e psicológicos. Pensamentos de baixa vibração ou sonhos relacionados ao trauma podem afetar o sono e aumentar os níveis de estresse, por ficarem armazenados no corpo, gerando dores musculares, enxaquecas ou desconforto generalizado. Condições como gastrite, hipertensão e problemas imunológicos podem estar ligadas ao estresse acumulado por traumas não resolvidos.
A sobrecarga emocional pode levar à fadiga constante e falta de motivação.
Alguém que reprimiu memórias abusivas que sufocam e angustiam, pode desenvolver doenças e dores recorrentes sem causa médica aparente.


Sentimento de angústia.
A angústia surge a partir de preocupações com questões existenciais, como a falta de autoaceitação, o medo do futuro, a dificuldade de lidar com o fracasso e a baixa autoestima. As pessoas ficam angustiadas consigo mesmas ou com seu modo de vida.
Angústia pode estar associada à depressão, ansiedade, pânico, transtornos de humor e outras condições de sintomas, ela é um sentimento que pode ser descrito como uma sensação de aperto e vazio ao mesmo tempo no peito. Às vezes, essa sensação vem acompanhada da ansiedade, desespero e até mesmo irritabilidade.
Muito usada para descrever o comportamento do ser humano, a palavra resiliência significa que a pessoa supera seus problemas com mais tranquilidade, passando por eles com leveza e sabedoria. Para a Psicologia, uma pessoa resiliente tem maior resistência e equilíbrio frente às adversidades.
A importância da solidão.
Se você se sente sozinho, isso é para você. Preste muita atenção ao que vou dizer agora. A solidão é um dos sentimentos mais difíceis de ser eliminado. No entanto, assim como tudo na vida, ela também tem um papel muito importante em nossas vidas. Ela vem nos mostrar que a solidão nunca é a falta de alguém, é sempre a falta de você mesmo. Portanto, o que você busca não está lá fora, está aí dentro de você. Aprenda a gostar da sua própria companhia.
A solidão nos desafia a olhar para dentro e encontrar um espaço de autossuficiência e paz interior. Muitas vezes, buscamos validação e conforto fora de nós mesmos, acreditando que outras pessoas podem preencher o vazio que sentimos. No entanto, a verdadeira plenitude vem da aceitação e do amor-próprio.
Ao sentir solidão, temos a oportunidade de nos conhecer melhor, de explorar nossos pensamentos, medos e sonhos. Esse período pode ser transformador. Descobrindo que é capaz de ser feliz por si mesmos, tendo a satisfação que antes procurava externamente.
Aprecie sua própria companhia. Encontre alegria nas pequenas coisas que você faz por si mesmo. Seja gentil, paciente e compassivo consigo. Reconheça seu valor intrínseco e saiba que você é completo, exatamente como é. A solidão se transforma em um espaço de autodescoberta e autossuficiência, onde você aprende que a sua companhia é, de fato, suficiente e valiosa.
